segunda-feira, 11 de março de 2019

PONTO DE EQUILÍBRIO EMPRESARIAL

Entenda o ponto de equilíbrio da sua empresa

Sabemos o quanto é complicado equilibrar os ganhos e gastos de um negócio, principalmente em momentos de crise. Se você já possui um controle de caixa, a próxima etapa é gerenciar e aumentar o seu lucro, e para isso você deve conhecer o Ponto de Equilíbrio de sua empresa.

Esse indicador permite ter informações sobre a dinâmica da empresa com os volumes necessários para se vender e gerar lucro e por isso se torna tão importante.

Se você quer saber mais não deixe de ler esse post!

O que é o Ponto de Equilíbrio?

O Ponto de Equilíbrio (PE ou Break Even Point, em inglês) é o ponto de igualdade financeira entre as despesas e as receitas totais em um mesmo período.

Por meio dele, você saberá qual deve ser seu faturamento mínimo mensal para cobrir seus gastos fixos e variáveis. Esse número é que determinará qual será a quantidade de vendas a ser alcançada para obter lucro.

Existem algumas variações do cálculo para deixar o indicador mais coerente com o objetivo da empresa, veja os três principais;

Método Contábil

Esse é o método mais difundido e conhecido de cálculo, nele o cálculo leva em consideração que as receitas menos despesas devem ser zero.

Método Financeiro

No Ponto de Equilíbrio Financeiro ou de Caixa, os fatores que são contabilizados, porém não representam um desembolso do caixa no período de analise são retirados do cálculo, assim a visão fica compatível com o caixa da empresa.

As principais despesas que não são consideradas para fins de cálculo são a depreciação e a amortização.

Método Econômico

No Ponto de Equilíbrio Econômico, é considerada o custo de oportunidade do dinheiro aplicado, assim se tem uma visão do lucro mínimo aceitável pelo empreendedor tendo em vista que ele aplicou os seus recursos no negócio.

Para mim, esse é o melhor cálculo, pois em economia, a situação de equilíbrio dos mercados se dá no Ponto de Equilíbrio Econômico, pois os rendimentos da atividade produtiva tendem a se igualar em mercados concorrenciais aos rendimentos no mercado financeiro, desta forma fica fácil observar se a empresa vai bem, ou se não vai tão bem, mesmo que apresente um lucro contábil.

Informações importantes para o cálculo

Como descrito no começo, é preciso minimamente ter o controle financeiro da empresa, ou a contabilidade em diapara iniciar a análise, isso pois seus inputs são informações do negócio que o empreendedor precisa conhecer.

Ter com a ajuda do seu contador pode ser um divisor de águas para se ter um bom cálculo e garantir a acuracidade das informações, a seguir vou te contar algumas informações que você precisa ter.

Volume e Preços de Produtos

Ter uma projeção de receitas, ou ainda, o histórico de receitas de períodos anteriores será muito útil, principalmente se você não conhece o custo variável do produto.

As receitas são resultados dos preços individuais multiplicados pelo volume, por isso ao buscar saber sobre a receita,procure pelo preço e pelo volume, eles te trarão mais informações e um poder de analise melhor.

Separe custos variáveis dos custos e despesas fixas

Um erro comum entre gestores é o de buscar o Ponto de Equilíbrio financeiro considerando como despesas apenas os custos diretos de produção ou prestação de serviço (como folhas de pagamento, matéria prima, impostos, etc.), entretanto, é preciso entender a conexão entre receitas e gastos mais a fundo para saber quais são os preços a serem praticados a fim de se obter rentabilidade.

Desta forma, separe todos os custos variáveis, que são aqueles custos diretamente empregados para produzir um serviço ou produto. Eles são variáveis, pois vão se alterar de acordo com a quantidade produzida ou vendida, ou seja, quanto mais elevadas as vendas/produção, mais elevadas são os seus gastos.

Com as informações de vendas e de custos variáveis, se tem a Margem de Contribuição, ou seja, os recursos que são disponibilizados para o pagamento dos custos e despesas fixas e para o lucro.

Por fim, separe os custos e despesas fixas, que são aquelas que independentes do volume de vendas se manterão estáveis. É importante lembrar que elas estão associadas a uma capacidade produtiva, ou seja se eu elevar o nível de produção, somente poderei fazer até certo ponto, sem incorrer na assunção de novas despesas fixas.

Como calcular o Ponto de Equilíbrio da minha empresa?

Para calcular o indicador do seu empreendimento, siga os passos abaixo com cuidado, o exemplo foi calculado com o método Contábil:

1.Separe seus custos fixos e despesas de seus custos variáveis.

2.Divida o custo variável total pela receita total das vendas.

3.Subtraia 1 do resultado do passo anterior.

4.Divida o resultado do passo 3 pelo valor total dos custos fixos e despesas.

O resultado do passo 4 será seu Indicador de Equilíbrio.

Veja o exemplo:

Total do Custo Fixo e Despesas: 1.000,00

Total do Custo Variável: 3.000,00

Total das Vendas: 6.000,00

Percentual do Custo Variável: 3.000,00 / 6.000,00 = 0,50

1 – 0,50 = 0,50

PE Contábil = Custos e Despesas Fixas / Margem de Contribuição

PE Contábil = 1.000,00 (custo fixo e despesas) / 0,50 = 2.000,00

Isso significa que, para esse exemplo, seria necessário vender, no mínimo, 2 mil reais para que sua empresa ficasse no “zero a zero”, isto é, em seu Ponto de Equilíbrio. Porém, como seu objetivo não é esse, você precisa vender acima desse valor para lucrar!

O PE, portanto, não funciona como um objetivo a ser atingido, mas sim como um parâmetro para que sua empresa saiba de onde ela deve partir para obter lucro, e jamais prejuízo.

Formula para os outros métodos

Ponto de Equilíbrio Financeiro = (Custos e Despesas Fixas – Despesas não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição
Ponto de Equilíbrio Econômico = (Custos e Despesas Fixas + Lucro Mínimo ou Custo de Oportunidade) / Margem de Contribuição

Limitações do Modelo de Ponto de Equilíbrio

Como qualquer indicador, é preciso ter cautela e utilizar outros indicadores para a gestão da empresa, utilizar somente um indicador ou uma única visão pode levar a empresa a tomar decisões erradas.

Com o Ponto de Equilíbrio não é diferente, o modelo tem algumas limitações, o melhor é conhece-las e considera-las na análise.

Relação Estática de curto prazo

O modelo pressupõe uma estática comparativa de curto prazo, ou seja que as relações e as condições operacionais não se alteram no curto prazo.

Sabemos que a realidade é dinâmica, e durante um dia, fatores relacionadas as despesas e receitas se alteram constantemente, exigindo assim que a cada mudança sejam refeitos os cálculos.

Relação Linear entre Receitas e Despesas

Outro pressuposto é uma relação linear entre Receitas e Despesas, com uma visão restrita e focada isso é até é verdade, mas o modelo não considera as economias de escala com o aumento da produção, ou mesmo o momento da curva onde os custos variáveis se elevam mais do que a receita em um efeito que os economistas conhecem como a lei dos rendimentos descrentes.

Analise de vários produtos

Outra limitação do modelo é no tratamento de vários produtos. O cálculo considera uma Margem de Contribuição, então somente é possível trabalhar com a formula caso os produtos tenham a mesma margem de contribuição.

Existem, é claro, saída matemáticas para reduzir essa limitação, como trabalhar com as médias ou melhor ainda, considerar a proporção de produtos vendidos, mas ajustar o indicador nos leva a primeira das limitações, a da realidade estática, pois não é possível garantir que a proporção de vendas dos produtos no próximo período será exatamente a mesma daquela que originou o cálculo inicial.

Como podemos ver, a partir do momento em que estabelecemos um controle financeiro mínimo e temos a disposição os demonstrativos contábeis, conseguimos obter mais informações sobre a empresa que talvez no dia a dia da empresa não nos damos conta.

Informação ao empreendedor é essencial, já que a partir dela é possível fazer um planejamento e tomar decisões que levem a empresa para o caminho do crescimento, além disso não será mais possível determinar o futuro a partir do destino, ou seja o sucesso ou insucesso dependerá somente da sua capacidade gerencial.





Fontes:
Texto: capitalsocial.cnt.br

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Gestão Financeira / Fluxo de Caixa / Auditoria



Fluxo de Caixa e Fluxo de Caixa Projetado

Planejar a movimentação financeira, o fluxo de caixa projetado é utilizado para que os Administradores, Auditores, Sócios e Financeiros possam controlar seus gastos e receitas futuras e fazerem um planejamento e controle financeiro para sua empresa..

O significado de “Fluxo de Caixa” é o registro diário das entradas e saídas de recursos financeiros, além disso, com ele é possível controlar contas a pagar e a receber.

As informações necessárias para montar o “Fluxo de Caixa” estão contidas nos pagamentos e recebimentos ao longo de um período de tempo.

Sobre o “Fluxo de Caixa” Projetado, ele é utilizado para identificar as possibilidades de crescimento e o futuro da empresa ao longo e médio prazo.

Com o “Fluxo de Caixa” atualizado e auditado você poderá analisar a viabilidade econômica, e contabilizar cada despesa de forma criteriosa, identificando, cada lançamento conforme alguns exemplos abaixo:

  • Receitas com Honorários e Consultorias
  • Valores de Comissões e Honorários a Pagar;
  • Custos com Salários, Horas Extras e Despesas com RH;
  • Custos Mensais Fixos — Telefone; Água, Luz, Internet, Aluguel, Condomínio;
  • Custos Mensais Variáveis - Restaurantes, Viagens, Verba de Representação; Taxas
  • Custos com Retirada Pró-labore
  • Despesas Reembolsáveis por Clientes;
  • Demais Despesas e Receitas

Após essas classificações e lançamentos poderemos analisar com mais facilidade e entender quanto recurso financeiro (dinheiro) será necessário para arcar com todas as despesas de um período previamente determinado, e quais delas são prioritárias ou não para a empresa.

Dessa forma, podemos entender a análise da viabilidade econômica como o segundo passo em direção ao fluxo de caixa projetado.

Sobre o “Fluxo de Caixa” Projetado definimos que será uma projeção de entradas e saídas financeiras da empresa durante um determinado período no futuro.

Exemplo: Lançar até o final do ano corrente, todas as Receitas com Honorários de clientes existentes na empresa, como também lançar todas as despesas como Aluguel, Condomínio, Água, Luz, Pró Labore etc...

Essa ferramenta representa uma facilidade para analisar e antecipar falhas (Voluntárias e involuntárias) ou até situações de risco que tornem a empresa vulnerável a imprevistos, além de permitir que você identifique a necessidade de realizar investimentos ou busca linhas de crédito subsidiadas ou com custo menor.

No curto prazo, o “Fluxo de Caixa” Projetado tem como objetivo identificar quando a empresa tem dinheiro sobrando no caixa, e quando está faltando recursos.

O “Fluxo de Caixa” Projetado pode ajudar a escolher as melhores datas para pagar fornecedores e outros vencimentos.

No longo prazo, pode auxiliar e planejar as atividades financeiras da empresa, analisar a liquidez do negócio, controlar a situação financeira da empresa, gerenciar o capital de giro de forma mais precisa.

Obs. Importante: Todos os lançamentos precisam ser acompanhados de DOCUMENTO FISCAL e o “Fluxo de Caixa” Projetado  poderá ser elaborado com planilhas digitais para facilitar o trabalho de organização de todas essas informações, mas vale destacar que existem softwares de gestão financeira que facilitam o gerenciamento do fluxo de caixa projetado.

Controle de fluxo de caixa: saiba os principais erros e como evitá-los!

Nas organizações o dinheiro entra e sai constantemente, o que pode levar a falhas nos cálculos, principalmente, quando não há um controle de fluxo de caixa adequado. O problema é mais comum do que se imagina, mas precisa ser tratado com prioridade visto que as transações financeiras são essenciais para manter as atividades, bem como gerar lucro.

Pensando nisso, no artigo de hoje trouxemos uma lista com os principais erros no controle do fluxo de caixa e como evitá-los. Antes, porém, falaremos sobre a importância de focar nesse tipo de gestão. Confira!

A importância do fluxo de caixa
O fluxo de caixa serve para que os gestores tenham a resposta a uma pergunta essencial: o negócio tem gerado lucro de maneira sustentável? Isso porque não basta obter altos montantes financeiros, se todo o dinheiro é voltado ao pagamento de dívidas, insumos e outras contas.

Por meio desse controle será possível, por exemplo, gerenciar os gastos, evitar desperdícios, além de garantir o planejamento financeiro e embasar as decisões de investimento. Ou seja, independentemente da área que precisar de financiamento, o primeiro passo será analisar o fluxo de caixa.

No entanto, é preciso bastante cuidado ao confeccionar o documento. Isso porque números incompatíveis podem gerar erros futuros, o que é prejudicial aos negócios. A seguir falaremos sobre os erros e como evitá-los!

Os principais erros no controle do fluxo de caixa
Quer ter um negócio mais eficaz e ainda manter as contas em dia? Veja como mitigar alguns erros ao produzir um fluxo de caixa!

Não realizar o controle diário
Um dos maiores erros cometidos pelas empresas em relação ao controle do fluxo de caixa é deixar para colocar no papel as entradas e saídas apenas em um dia da semana ou do mês. O controle diário é fundamental para saber o que de fato se tem e poder planejar o futuro do empreendimento com mais segurança.

Imagine que você deixe para registrar o pagamento de um fornecedor 15 dias depois de realizado. Você não terá clareza sobre o impacto daquele pagamento para as finanças e pode até colocar um valor incorreto, devido ao tempo que passou.

Para ajudá-lo nessa tarefa adote um software que permita fazer esse controle e ainda automatizar as contas. Alguns deles inclusive permitem a introdução dos dados a partir de qualquer dispositivo móvel, facilitando assim a rotina do microempresário que acumula várias funções.

Deixar as informações incompletas
Não fazer o detalhamento diário é uma falha. No entanto, deixar de descrever no que exatamente cada quantia foi gasta ou recebida é outro erro bastante comum, mas que deve ser evitado.

Se a empresa não divide as categorias de despesas, por exemplo, isso torna difícil a comparação dos gastos mensais. Imagine, por exemplo, que a gestão precise diminuir alguns custos, como ela saberá exatamente o que poderá cortar? Vale lembrar que dependendo do local de onde for tirado investimento isso pode gerar problemas futuros, como a perda de competitividade.

Por isso, discrimine detalhadamente todas as entradas e saídas, sem arredondar valores. Isso possibilitará uma análise realista do negócio, além de facilitar a identificação de desperdícios e/ou gastos indevidos que podem ser cortados.

Confundir venda com recebimento
Outro erro bastante comum na documentação do fluxo de caixa é a confusão entre venda e recebimento. Por exemplo, muitos vendedores efetuam vendas a prazo e por questão de praticidade lançam todo o recebimento no fluxo, o que é um erro.

Se a compra foi feita em parcelas, ela deverá ser registrada assim. Logo, não é aconselhável lançar recebimentos antes do dinheiro entrar de fato na conta da empresa. A mesma ação serve quando for realizar um pagamento. Ele só deve ser lançado quando de fato for efetuado. Lembre-se de que o documento será base do planejamento da empresa.

Misturar contas pessoais com as da empresa
Essa falha é mais comum em pequenas empresas. Os empresários costumam confundir contas pessoais com a da empresa, o que gera um fluxo de caixa bastante confuso e que não condiz com a realidade. Entender que o caixa da empresa não é um banco para que você possa fazer retiradas é de suma importância.

Por isso, é fundamental realizar um controle separadamente. Assim, é necessário separar um montante mensal como pró-labore para que as retiradas da empresa não prejudiquem o seu funcionamento ou impeçam o pagamento de alguma obrigação.

Superestimar as previsões financeiras
Lançar informações incompletas, não detalhar as entradas e saídas diárias e não levar em consideração as oscilações no faturamento podem levar uma empresa à falência. No entanto, superestimar os valores também é outro grande problema que ocorre com frequência no controle do fluxo de caixa, podendo culminar no mesmo fim.

Muitas vezes o controle é realizado levando em consideração um lucro elevado e muito otimista, baseado exclusivamente em suposições. Isso atrapalha o desenvolvimento da organização, pois ela trabalha com números irreais e quando precisar de fato quitar as pendências, ela não terá uma base real de quanto terá disponível.

Nem sempre as expectativas serão alcançadas, logo, manter um o realismo ajudará para que o negócio se desenvolva de maneira sustentável e o planejamento estratégico seja mais eficaz.

Não usar um software
A tecnologia veio para facilitar o dia a dia das empresas em vários sentidos. Imagine ter que fazer os lançamentos todos de maneira manual? Isso demandaria muito tempo e ainda é passível de erros.

Ao usar o software, você pode, por exemplo, entender o quanto tem para receber de clientes inadimplentes e estabelecer estratégias para cobrá-los. Assim, ela poderá realizar posteriormente o lançamento dos valores em seu controle diário, garantindo uma lucratividade maior.

Mas não é só isso. O software servirá para que você se organize diariamente e faça comparações em relação aos fluxos de caixas de períodos anteriores, o que servirá para estabelecer ações de cortes de custos e entender qual a sazonalidade das suas maiores fontes de renda.

O controle de fluxo de caixa não é importante apenas para a condução do negócio, mas também para o sucesso deste. Para as empresas que realizam a gestão financeira o crescimento não é só mais sustentável, como também mais consistente.

Depois de conhecer os erros, você viu que a sua empresa precisa adotar um novo método de controle de fluxo de caixa? Aprenda como executá-lo neste artigo do nosso blog!


Adm. Renato Viana
CRA 042368 MG