segunda-feira, 11 de março de 2019

PONTO DE EQUILÍBRIO EMPRESARIAL

Entenda o ponto de equilíbrio da sua empresa

Sabemos o quanto é complicado equilibrar os ganhos e gastos de um negócio, principalmente em momentos de crise. Se você já possui um controle de caixa, a próxima etapa é gerenciar e aumentar o seu lucro, e para isso você deve conhecer o Ponto de Equilíbrio de sua empresa.

Esse indicador permite ter informações sobre a dinâmica da empresa com os volumes necessários para se vender e gerar lucro e por isso se torna tão importante.

Se você quer saber mais não deixe de ler esse post!

O que é o Ponto de Equilíbrio?

O Ponto de Equilíbrio (PE ou Break Even Point, em inglês) é o ponto de igualdade financeira entre as despesas e as receitas totais em um mesmo período.

Por meio dele, você saberá qual deve ser seu faturamento mínimo mensal para cobrir seus gastos fixos e variáveis. Esse número é que determinará qual será a quantidade de vendas a ser alcançada para obter lucro.

Existem algumas variações do cálculo para deixar o indicador mais coerente com o objetivo da empresa, veja os três principais;

Método Contábil

Esse é o método mais difundido e conhecido de cálculo, nele o cálculo leva em consideração que as receitas menos despesas devem ser zero.

Método Financeiro

No Ponto de Equilíbrio Financeiro ou de Caixa, os fatores que são contabilizados, porém não representam um desembolso do caixa no período de analise são retirados do cálculo, assim a visão fica compatível com o caixa da empresa.

As principais despesas que não são consideradas para fins de cálculo são a depreciação e a amortização.

Método Econômico

No Ponto de Equilíbrio Econômico, é considerada o custo de oportunidade do dinheiro aplicado, assim se tem uma visão do lucro mínimo aceitável pelo empreendedor tendo em vista que ele aplicou os seus recursos no negócio.

Para mim, esse é o melhor cálculo, pois em economia, a situação de equilíbrio dos mercados se dá no Ponto de Equilíbrio Econômico, pois os rendimentos da atividade produtiva tendem a se igualar em mercados concorrenciais aos rendimentos no mercado financeiro, desta forma fica fácil observar se a empresa vai bem, ou se não vai tão bem, mesmo que apresente um lucro contábil.

Informações importantes para o cálculo

Como descrito no começo, é preciso minimamente ter o controle financeiro da empresa, ou a contabilidade em diapara iniciar a análise, isso pois seus inputs são informações do negócio que o empreendedor precisa conhecer.

Ter com a ajuda do seu contador pode ser um divisor de águas para se ter um bom cálculo e garantir a acuracidade das informações, a seguir vou te contar algumas informações que você precisa ter.

Volume e Preços de Produtos

Ter uma projeção de receitas, ou ainda, o histórico de receitas de períodos anteriores será muito útil, principalmente se você não conhece o custo variável do produto.

As receitas são resultados dos preços individuais multiplicados pelo volume, por isso ao buscar saber sobre a receita,procure pelo preço e pelo volume, eles te trarão mais informações e um poder de analise melhor.

Separe custos variáveis dos custos e despesas fixas

Um erro comum entre gestores é o de buscar o Ponto de Equilíbrio financeiro considerando como despesas apenas os custos diretos de produção ou prestação de serviço (como folhas de pagamento, matéria prima, impostos, etc.), entretanto, é preciso entender a conexão entre receitas e gastos mais a fundo para saber quais são os preços a serem praticados a fim de se obter rentabilidade.

Desta forma, separe todos os custos variáveis, que são aqueles custos diretamente empregados para produzir um serviço ou produto. Eles são variáveis, pois vão se alterar de acordo com a quantidade produzida ou vendida, ou seja, quanto mais elevadas as vendas/produção, mais elevadas são os seus gastos.

Com as informações de vendas e de custos variáveis, se tem a Margem de Contribuição, ou seja, os recursos que são disponibilizados para o pagamento dos custos e despesas fixas e para o lucro.

Por fim, separe os custos e despesas fixas, que são aquelas que independentes do volume de vendas se manterão estáveis. É importante lembrar que elas estão associadas a uma capacidade produtiva, ou seja se eu elevar o nível de produção, somente poderei fazer até certo ponto, sem incorrer na assunção de novas despesas fixas.

Como calcular o Ponto de Equilíbrio da minha empresa?

Para calcular o indicador do seu empreendimento, siga os passos abaixo com cuidado, o exemplo foi calculado com o método Contábil:

1.Separe seus custos fixos e despesas de seus custos variáveis.

2.Divida o custo variável total pela receita total das vendas.

3.Subtraia 1 do resultado do passo anterior.

4.Divida o resultado do passo 3 pelo valor total dos custos fixos e despesas.

O resultado do passo 4 será seu Indicador de Equilíbrio.

Veja o exemplo:

Total do Custo Fixo e Despesas: 1.000,00

Total do Custo Variável: 3.000,00

Total das Vendas: 6.000,00

Percentual do Custo Variável: 3.000,00 / 6.000,00 = 0,50

1 – 0,50 = 0,50

PE Contábil = Custos e Despesas Fixas / Margem de Contribuição

PE Contábil = 1.000,00 (custo fixo e despesas) / 0,50 = 2.000,00

Isso significa que, para esse exemplo, seria necessário vender, no mínimo, 2 mil reais para que sua empresa ficasse no “zero a zero”, isto é, em seu Ponto de Equilíbrio. Porém, como seu objetivo não é esse, você precisa vender acima desse valor para lucrar!

O PE, portanto, não funciona como um objetivo a ser atingido, mas sim como um parâmetro para que sua empresa saiba de onde ela deve partir para obter lucro, e jamais prejuízo.

Formula para os outros métodos

Ponto de Equilíbrio Financeiro = (Custos e Despesas Fixas – Despesas não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição
Ponto de Equilíbrio Econômico = (Custos e Despesas Fixas + Lucro Mínimo ou Custo de Oportunidade) / Margem de Contribuição

Limitações do Modelo de Ponto de Equilíbrio

Como qualquer indicador, é preciso ter cautela e utilizar outros indicadores para a gestão da empresa, utilizar somente um indicador ou uma única visão pode levar a empresa a tomar decisões erradas.

Com o Ponto de Equilíbrio não é diferente, o modelo tem algumas limitações, o melhor é conhece-las e considera-las na análise.

Relação Estática de curto prazo

O modelo pressupõe uma estática comparativa de curto prazo, ou seja que as relações e as condições operacionais não se alteram no curto prazo.

Sabemos que a realidade é dinâmica, e durante um dia, fatores relacionadas as despesas e receitas se alteram constantemente, exigindo assim que a cada mudança sejam refeitos os cálculos.

Relação Linear entre Receitas e Despesas

Outro pressuposto é uma relação linear entre Receitas e Despesas, com uma visão restrita e focada isso é até é verdade, mas o modelo não considera as economias de escala com o aumento da produção, ou mesmo o momento da curva onde os custos variáveis se elevam mais do que a receita em um efeito que os economistas conhecem como a lei dos rendimentos descrentes.

Analise de vários produtos

Outra limitação do modelo é no tratamento de vários produtos. O cálculo considera uma Margem de Contribuição, então somente é possível trabalhar com a formula caso os produtos tenham a mesma margem de contribuição.

Existem, é claro, saída matemáticas para reduzir essa limitação, como trabalhar com as médias ou melhor ainda, considerar a proporção de produtos vendidos, mas ajustar o indicador nos leva a primeira das limitações, a da realidade estática, pois não é possível garantir que a proporção de vendas dos produtos no próximo período será exatamente a mesma daquela que originou o cálculo inicial.

Como podemos ver, a partir do momento em que estabelecemos um controle financeiro mínimo e temos a disposição os demonstrativos contábeis, conseguimos obter mais informações sobre a empresa que talvez no dia a dia da empresa não nos damos conta.

Informação ao empreendedor é essencial, já que a partir dela é possível fazer um planejamento e tomar decisões que levem a empresa para o caminho do crescimento, além disso não será mais possível determinar o futuro a partir do destino, ou seja o sucesso ou insucesso dependerá somente da sua capacidade gerencial.





Fontes:
Texto: capitalsocial.cnt.br

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Gestão Financeira / Fluxo de Caixa / Auditoria



Fluxo de Caixa e Fluxo de Caixa Projetado

Planejar a movimentação financeira, o fluxo de caixa projetado é utilizado para que os Administradores, Auditores, Sócios e Financeiros possam controlar seus gastos e receitas futuras e fazerem um planejamento e controle financeiro para sua empresa..

O significado de “Fluxo de Caixa” é o registro diário das entradas e saídas de recursos financeiros, além disso, com ele é possível controlar contas a pagar e a receber.

As informações necessárias para montar o “Fluxo de Caixa” estão contidas nos pagamentos e recebimentos ao longo de um período de tempo.

Sobre o “Fluxo de Caixa” Projetado, ele é utilizado para identificar as possibilidades de crescimento e o futuro da empresa ao longo e médio prazo.

Com o “Fluxo de Caixa” atualizado e auditado você poderá analisar a viabilidade econômica, e contabilizar cada despesa de forma criteriosa, identificando, cada lançamento conforme alguns exemplos abaixo:

  • Receitas com Honorários e Consultorias
  • Valores de Comissões e Honorários a Pagar;
  • Custos com Salários, Horas Extras e Despesas com RH;
  • Custos Mensais Fixos — Telefone; Água, Luz, Internet, Aluguel, Condomínio;
  • Custos Mensais Variáveis - Restaurantes, Viagens, Verba de Representação; Taxas
  • Custos com Retirada Pró-labore
  • Despesas Reembolsáveis por Clientes;
  • Demais Despesas e Receitas

Após essas classificações e lançamentos poderemos analisar com mais facilidade e entender quanto recurso financeiro (dinheiro) será necessário para arcar com todas as despesas de um período previamente determinado, e quais delas são prioritárias ou não para a empresa.

Dessa forma, podemos entender a análise da viabilidade econômica como o segundo passo em direção ao fluxo de caixa projetado.

Sobre o “Fluxo de Caixa” Projetado definimos que será uma projeção de entradas e saídas financeiras da empresa durante um determinado período no futuro.

Exemplo: Lançar até o final do ano corrente, todas as Receitas com Honorários de clientes existentes na empresa, como também lançar todas as despesas como Aluguel, Condomínio, Água, Luz, Pró Labore etc...

Essa ferramenta representa uma facilidade para analisar e antecipar falhas (Voluntárias e involuntárias) ou até situações de risco que tornem a empresa vulnerável a imprevistos, além de permitir que você identifique a necessidade de realizar investimentos ou busca linhas de crédito subsidiadas ou com custo menor.

No curto prazo, o “Fluxo de Caixa” Projetado tem como objetivo identificar quando a empresa tem dinheiro sobrando no caixa, e quando está faltando recursos.

O “Fluxo de Caixa” Projetado pode ajudar a escolher as melhores datas para pagar fornecedores e outros vencimentos.

No longo prazo, pode auxiliar e planejar as atividades financeiras da empresa, analisar a liquidez do negócio, controlar a situação financeira da empresa, gerenciar o capital de giro de forma mais precisa.

Obs. Importante: Todos os lançamentos precisam ser acompanhados de DOCUMENTO FISCAL e o “Fluxo de Caixa” Projetado  poderá ser elaborado com planilhas digitais para facilitar o trabalho de organização de todas essas informações, mas vale destacar que existem softwares de gestão financeira que facilitam o gerenciamento do fluxo de caixa projetado.

Controle de fluxo de caixa: saiba os principais erros e como evitá-los!

Nas organizações o dinheiro entra e sai constantemente, o que pode levar a falhas nos cálculos, principalmente, quando não há um controle de fluxo de caixa adequado. O problema é mais comum do que se imagina, mas precisa ser tratado com prioridade visto que as transações financeiras são essenciais para manter as atividades, bem como gerar lucro.

Pensando nisso, no artigo de hoje trouxemos uma lista com os principais erros no controle do fluxo de caixa e como evitá-los. Antes, porém, falaremos sobre a importância de focar nesse tipo de gestão. Confira!

A importância do fluxo de caixa
O fluxo de caixa serve para que os gestores tenham a resposta a uma pergunta essencial: o negócio tem gerado lucro de maneira sustentável? Isso porque não basta obter altos montantes financeiros, se todo o dinheiro é voltado ao pagamento de dívidas, insumos e outras contas.

Por meio desse controle será possível, por exemplo, gerenciar os gastos, evitar desperdícios, além de garantir o planejamento financeiro e embasar as decisões de investimento. Ou seja, independentemente da área que precisar de financiamento, o primeiro passo será analisar o fluxo de caixa.

No entanto, é preciso bastante cuidado ao confeccionar o documento. Isso porque números incompatíveis podem gerar erros futuros, o que é prejudicial aos negócios. A seguir falaremos sobre os erros e como evitá-los!

Os principais erros no controle do fluxo de caixa
Quer ter um negócio mais eficaz e ainda manter as contas em dia? Veja como mitigar alguns erros ao produzir um fluxo de caixa!

Não realizar o controle diário
Um dos maiores erros cometidos pelas empresas em relação ao controle do fluxo de caixa é deixar para colocar no papel as entradas e saídas apenas em um dia da semana ou do mês. O controle diário é fundamental para saber o que de fato se tem e poder planejar o futuro do empreendimento com mais segurança.

Imagine que você deixe para registrar o pagamento de um fornecedor 15 dias depois de realizado. Você não terá clareza sobre o impacto daquele pagamento para as finanças e pode até colocar um valor incorreto, devido ao tempo que passou.

Para ajudá-lo nessa tarefa adote um software que permita fazer esse controle e ainda automatizar as contas. Alguns deles inclusive permitem a introdução dos dados a partir de qualquer dispositivo móvel, facilitando assim a rotina do microempresário que acumula várias funções.

Deixar as informações incompletas
Não fazer o detalhamento diário é uma falha. No entanto, deixar de descrever no que exatamente cada quantia foi gasta ou recebida é outro erro bastante comum, mas que deve ser evitado.

Se a empresa não divide as categorias de despesas, por exemplo, isso torna difícil a comparação dos gastos mensais. Imagine, por exemplo, que a gestão precise diminuir alguns custos, como ela saberá exatamente o que poderá cortar? Vale lembrar que dependendo do local de onde for tirado investimento isso pode gerar problemas futuros, como a perda de competitividade.

Por isso, discrimine detalhadamente todas as entradas e saídas, sem arredondar valores. Isso possibilitará uma análise realista do negócio, além de facilitar a identificação de desperdícios e/ou gastos indevidos que podem ser cortados.

Confundir venda com recebimento
Outro erro bastante comum na documentação do fluxo de caixa é a confusão entre venda e recebimento. Por exemplo, muitos vendedores efetuam vendas a prazo e por questão de praticidade lançam todo o recebimento no fluxo, o que é um erro.

Se a compra foi feita em parcelas, ela deverá ser registrada assim. Logo, não é aconselhável lançar recebimentos antes do dinheiro entrar de fato na conta da empresa. A mesma ação serve quando for realizar um pagamento. Ele só deve ser lançado quando de fato for efetuado. Lembre-se de que o documento será base do planejamento da empresa.

Misturar contas pessoais com as da empresa
Essa falha é mais comum em pequenas empresas. Os empresários costumam confundir contas pessoais com a da empresa, o que gera um fluxo de caixa bastante confuso e que não condiz com a realidade. Entender que o caixa da empresa não é um banco para que você possa fazer retiradas é de suma importância.

Por isso, é fundamental realizar um controle separadamente. Assim, é necessário separar um montante mensal como pró-labore para que as retiradas da empresa não prejudiquem o seu funcionamento ou impeçam o pagamento de alguma obrigação.

Superestimar as previsões financeiras
Lançar informações incompletas, não detalhar as entradas e saídas diárias e não levar em consideração as oscilações no faturamento podem levar uma empresa à falência. No entanto, superestimar os valores também é outro grande problema que ocorre com frequência no controle do fluxo de caixa, podendo culminar no mesmo fim.

Muitas vezes o controle é realizado levando em consideração um lucro elevado e muito otimista, baseado exclusivamente em suposições. Isso atrapalha o desenvolvimento da organização, pois ela trabalha com números irreais e quando precisar de fato quitar as pendências, ela não terá uma base real de quanto terá disponível.

Nem sempre as expectativas serão alcançadas, logo, manter um o realismo ajudará para que o negócio se desenvolva de maneira sustentável e o planejamento estratégico seja mais eficaz.

Não usar um software
A tecnologia veio para facilitar o dia a dia das empresas em vários sentidos. Imagine ter que fazer os lançamentos todos de maneira manual? Isso demandaria muito tempo e ainda é passível de erros.

Ao usar o software, você pode, por exemplo, entender o quanto tem para receber de clientes inadimplentes e estabelecer estratégias para cobrá-los. Assim, ela poderá realizar posteriormente o lançamento dos valores em seu controle diário, garantindo uma lucratividade maior.

Mas não é só isso. O software servirá para que você se organize diariamente e faça comparações em relação aos fluxos de caixas de períodos anteriores, o que servirá para estabelecer ações de cortes de custos e entender qual a sazonalidade das suas maiores fontes de renda.

O controle de fluxo de caixa não é importante apenas para a condução do negócio, mas também para o sucesso deste. Para as empresas que realizam a gestão financeira o crescimento não é só mais sustentável, como também mais consistente.

Depois de conhecer os erros, você viu que a sua empresa precisa adotar um novo método de controle de fluxo de caixa? Aprenda como executá-lo neste artigo do nosso blog!


Adm. Renato Viana
CRA 042368 MG


                 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

LICITAÇÕES x RECUPERAÇÃO JUDICIAL

decisão do Superior Tribunal de Justiça de permitir que empresas em recuperação judicial participem de licitações foi “histórica”. A avaliação é do advogado Marcelo Proença, especialista em Direito Comercial e o responsável por defender a tese que saiu vencedora na corte.

O caso foi definido pela 2ª Turma em votação apertada, por três votos a dois. Venceu o entendimento do ministro Mauro Campbell Marques. De acordo com o ministro, a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar que uma empresa em dificuldades financeiras possa continuar funcionando, e impedir que uma companhia nessa situação participe de licitações seria sentenciá-la à falência.
A tese foi levada ao STJ pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Numa Medida Cautelar, o MP pedia para que o Judiciário impedisse uma empresa de informática de participar de pregões públicos. Alegava que havia o risco de a empresa em recuperação vencer a licitação e depois não ter condições de entregar o serviço.
O relator, ministro Humberto Martins, concordou com o pedido do MP e foi acompanhado pelo ministro Herman Benjamin. Só que o argumento do advogado Marcelo Proença foi o de que a empresa em recuperação é especializada em fornecer serviços para a administração pública. Impedir que ela participe de licitações impediria que ela se recuperasse.
Esse foi o argumento vencedor da medida cautelar. O ministro Mauro Campbell afirmou que, caso o Judiciário demorasse a se pronunciar, a empresa poderia ficar com suas atividades paradas. E o quadro seria ruim para todos: os trabalhadores ficariam sem receber, o poder público sem arrecadar e a própria companhia sem contratar.
Segundo Proença, o entendimento está “completamente alinhado” com a noção moderna da função social da empresa. “Uma decisão contrária mataria a empresa. O que marca nesse caso é o ineditismo e a abertura de um precedente importante no Judiciário brasileiro”, comenta o advogado.
De acordo com ele, há decisões desencontradas nos tribunais brasileiros. O Tribunal de Contas da União e os TJs do Rio Grande do Sul e da Bahia, por exemplo, são favoráveis à participação de empresas em recuperação de licitações. Mas o TJ de São Paulo, estado onde está a maioria das empresas do Brasil, é contra.
Proença explica que o mérito da questão ainda não foi discutido, por isso a decisão vale apenas para o caso concreto. Mas o que o STJ indicou foi que o fato de a empresa estar em recuperação judicial não deve impedir, peremptoriamente, a participação de licitações. “A 2ª Turma permitiu que fosse analisado cada caso de acordo com suas particularidades”, afirma. “Também aumenta a responsabilidade do poder público, que passa a ter de observar se determinada companhia tem ou não condições de prestar o serviço depois de vencer o pregão, independentemente de estar ou não em recuperação.”

CONTAS PENHORADAS - ON LINE

O que fazer quando as contas bancárias são penhoradas após o parcelamento?

O advogado poderá adotar duas vias jurídicas para anular a penhora: os embargos à penhora ou a exceção de pré-executividade. É recomendável que a escolha da medida seja efetuada com base na realidade do cliente, analisando o valor das custas processuais e os documentos que estão disponíveis como meio de prova.

Algumas vezes os contribuintes são surpreendidos com execuções fiscais exigindo a satisfação de dívidas tributárias ou não tributárias. Nessas situações, a praxe dos contribuintes é a de informar aos seus contadores que efetuem o parcelamento do débito.
Nesse meio tempo é possível que o ato de penhora seja praticado sobre as suas contas bancárias, embora ele tenha aderido ao parcelamento da dívida. Na maioria dos casos, isso ocorre porque os contribuintes ou a Fazenda Pública não informam no processo judicial a existência do parcelamento e o Poder Judiciário dá seguimento à execução fiscal.
A assessoria jurídica geralmente é buscada após esse evento. Nessa hipótese, o advogado poderá adotar duas vias jurídicas para anular a penhora: os embargos à penhora ou a exceção de pré-executividade. É recomendável que a escolha da medida seja efetuada com base na realidade do cliente, analisando o valor das custas processuais e os documentos que estão disponíveis como meio de prova.
Nos embargos à penhora poderá incidir custas processuais, a depender da jurisdição. Entretanto, a vantagem do manejo dessa medida é que há a possibilidade de ampla instrução probatória, inclusive com a exibição incidental de documentos.
Na exceção de pré-executividade não há a incidência de custas processuais, mas se trata de um instrumento de defesa que não permite dilação probatória. Isso significa que o advogado deve apresentar todos os documentos possíveis para solucionar a questão, sob pena de rejeição da defesa.
Seja qual for o veículo de defesa adotado, a matéria a ser alegada no caso de dívidas tributárias será a suspensão da exigibilidade da dívida após o parcelamento, prevista no art. 151VI do Código Tributário Nacional. A consequência da adesão ao parcelamento é a imediata produção dos efeitos da suspensão da exigência das dívidas tributárias nas execuções fiscais, o que inviabiliza qualquer ato de penhora e caso este ocorra, a violação ao devido processo legal é manifesta.
Igualmente, a mesma situação ocorre no âmbito de execuções fiscais de dívidas não tributárias e o fundamento da matéria de suspensão da exigibilidade está previsto nos arts. 792 e 793 do Código de Processo Civil que têm aplicação subsidiária nas execuções fiscais, segundo o art.  da Lei nº. 6.830/1980.
Portanto, o ideal é que os contribuintes procurem o advogado no momento em que recebem a citação ou após a adesão ao parcelamento, o que viabilizará a chegada da informação na execução fiscal e evitará a ocorrência de penhora nas contas bancárias. Todavia, caso o advogado tenha que atuar de forma reparativa, tanto os embargos à penhora quanto a exceção de pré-executividade são meios hábeis para anulação do ato da penhora e consequente liberação dos valores.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

MÁ GESTÃO LIMITA ACESSO AO CRÉDITO

MÁ GESTÃO LIMITA ACESSO AO CRÉDITO

Pesquisa mostra que 85% dos entrevistados atribuem dificuldades ao controle de administração

As incertezas que rondam a economia brasileira têm afetado a saúde financeira das empresas, sobretudo em virtude do aumento das taxas de juros e da maior dificuldade de acesso ao crédito. No entanto, observa o sócio da KPMG no Brasil, André Schwartzman, o maior problema dos empreendimentos em crise é de gestão.

Pesquisa realizada em maio pela rede global de consultoria, durante evento sobre gestão e recuperação de ativos e investimentos, revelou que pelo menos 85% dos executivos de instituições financeiras, investidores e empresários atribuem as dificuldades financeiras ao controle de administração. O número de pedidos de recuperação judicial tem aumentado.

"Nesse cenário de incertezas, com tendência de elevação das taxas de juros, aumentam as restrições na hora de conceder financiamentos, principalmente créditos adicionais", analisa Schwartzman, lembrando que as empresas já estão "relativamente endividadas" e que as instituições financeiras observam que a rentabilidade média não vem crescendo na mesma proporção que as taxas de juros.

Entre os setores que mais devem ser atingidos, no prazo médio de um a dois anos, estão o imobiliário e o de construção civil, apontados por 28% dos entrevistados. Ainda de acordo com o levantamento da KPMG, outros segmentos que também sofrerão impacto e que devem fazer um esforço adicional para a reestruturação de seus negócios são os de montadoras e autopeças, apontados por 24%, além de energia (16%) e agronegócio, indicado por 13% dos executivos entrevistados.

Segundo ele, no agronegócio a preocupação é ainda maior, pois muitas empresas do setor operam com gestão familiar, sem profissionalização dos processos. Para 85% dos pesquisados, a economia brasileira, como se vê atualmente, não pode ser considerada a única responsável pelas empresas em crise. Nada menos do que 42% disseram que os problemas são gerados internamente no controle de administração, enquanto outros 43% dividem a responsabilidade entre os fatores internos e externos.

"Esses setores apontados na pesquisa estão com maior dificuldade de renovar os empréstimos", explicou Schwartzman. Segundo ele, para que tenham acesso aos recursos, que estão disponíveis no mercado, mas concedidos de forma mais criteriosa, as empresas devem reestruturar melhor os seus negócios, buscando maior eficiência, ainda que "cortando atividades que não rendam tantos recursos quanto outras". O objetivo, indica ele, é mostrar que tem governança e gestão financeira.

Pedidos de recuperação judicial no país sobem

Entre os principais efeitos dessa conjunção de conjuntura econômica incerta com problemas de gestão empresarial está o aumento nos pedidos de recuperação judicial. Em 2005, quando foi instituída a Lei 11.101, de Falências e Recuperação Judicial de empresas, o número de pedidos não passou de 110. "Houve um pico em 2009, no auge da crise, com 670 pedidos, subindo para 874 no ano passado", diz o sócio da KPMG no Brasil, André Schwartzman.

Entre os motivos para este aumento de pedidos, 41% dos entrevistados atribuem a maior popularização da lei junto aos empresários. Outros 22% indicam a elevação das taxas de juros e restrição de crédito para as empresas, enquanto 15% atribuem a situação à intervenção do governo sobre setores da economia. Outros 13% acreditam que a maior causa é a desaceleração da economia brasileira. "Como o nível de pedidos está bem maior do que em 2009, este aumento pode ser resultado dos fatores externos e de maior difusão da lei", pondera.

Para Schwartzman, perspectivas não muito animadoras quanto à economia brasileira, principalmente no que se refere à alta dos juros e acesso ao crédito, também indicam a necessidade de as empresas se reestruturarem internamente. "Este cenário é de um a dois anos, inclusive porque, independentemente de quem assumir o governo federal, deve haver reajuste de preços ligados à Petrobras e ao setor elétrico. Os custos vão aumentar e a tendência é de elevação das taxas", adverte. A pesquisa mostrou que 90% dos pesquisados acreditam que a taxa básica de juros deve se manter no mesmo patamar ou aumentar até o final de 2015.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

RBR CONSULTORIA FINANCEIRA

RBR Consultoria Administrativa Financeira e Comercial

Um dos primeiros passos para implantar uma consultoria é determinar os objetivos da empresa encontrando soluções eficientes nas áreas financeira, administrativa, tributária e empresarial.

Além de diagnosticar possíveis falhas ou problemas, trazendo soluções para uma melhoria de toda empresa, finalizando com treinamento e acompanhamento de todos os colaboradores envolvidos direta ou indiretamente na gestão da empresa.

    Há 7 anos no mercado, a RBR Consultoria é formada por profissionais capacitados em diversas áreas, tais como; administradores, contadores, advogados, auditores e especialistas com larga experiência nas áreas contábil, societária, financeira, fiscal e trabalhista.

A RBR Consultoria é formada por uma equipe de administradores, contadores, advogados, auditores e especialistas. Todos com larga experiência nas áreas contábil, societária, financeira, fiscal e trabalhista.

Nossa consultoria tem sua atuação pautada na solução dos problemas e na busca de novas oportunidades de crescimento.

A RBR Consultoria desenvolve estratégias para o aprimoramento dos negócios, sempre apresentando soluções inteligentes e eficientes, para cada situação, tais como:

  • Operações Financeiras Estruturadas
  • Elaboração de Orçamento Financeiro
  • Projeto / Programas de Financiamento de Longo Prazo (BNDES, BDMG)
  • Captação de Recursos em Instituições Financeiras Públicas e Privadas.
  • Planejamento Tributário (Municipal, Estadual e Federal)
  • Apuração de Créditos Tributários e Incentivos Fiscais (REFIS)

Parcerias

Nossa consultoria dispõe de parceiras em empresas do segmento Têxtil e Instituições Financeiras.

Sempre buscando melhores condições de pagamentos e negociações na compra de matéria prima com os atuais e novos fornecedores, objetivando o parcelamento dos débitos com alongamento de prazo e carência para pagamento.

Consultoria Bancária / Financeira

Na Consultoria Financeira trabalhamos com renegociação de dívidas bancárias e a recuperação dos valores indevidamente cobrados, através da repetição de indébitos.

Auditoria em contratos bancários (Leasing, Finame, cheque especial, cédulas de crédito, conta garantida, entre outros).

Recursos Humanos

Viabilidade na terceirização de mão-de-obra, obtendo a isenção do pagamento de Férias, FGTS, INSS, Vale Transporte, Cesta Básica, PIS e Rescisão de Contrato de Trabalho.

Análise dos procedimentos trabalhistas e a respectiva documentação, cálculo da folha de pagamento, férias, 13º salário e rescisões, bem como mensurar futuros contenciosos trabalhistas.

Informática – TI

Diagnóstico de performance e análise de necessidades de novos programas (Software) ou melhoria no existente na empresa.

Consultoria e auditoria em segurança de sistemas de informação.

Revisão de políticas, procedimentos e configurações de acesso a informações sigilosas

Local / Execução da Consultoria / Carga de Trabalho

Os trabalhos poderão ser realizados internamente na empresa em período integral, de segunda à sexta podendo ocasionalmente acontecer aos sábados, domingo e feriados.

 
 

RBR Consultoria

Renato Viana

Tel.: (31) 9967.4616

rbrconsultoria@gmail.com